Falta de apoio do MDB pode tirar André da disputa, mas apoio pode definir 2º turno

André tenta obter recursos para confirmar candidatura a prefeito da Capital pela 3ª vez (Foto: Arquivo/Valentim Manieri/Jornal O Estado MS)

A falta de apoio financeiro do diretório nacional do MDB e de estrutura para lhe dar competitividade na campanha podem tirar o ex-governador André Puccinelli (MDB) da urna. No entanto, o apoio do emedebista será disputadíssimo e será fundamental para definir o segundo turno em Campo Grande.

Prefeito da Capital por dois mandatos, o emedebista figura em 3º e está na cola da prefeita Adriane Lopes (PP) e da ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto (União Brasil), segundo o Instituto Ranking Brasil. Em alguns levantamentos para consumo interno, o emedebista chega a aparecer na liderança.

No entanto, André não quer repetir o vexame da eleição de 2022, quando liderou as pesquisas e foi atropelado na reta final pelo bolsonarista Capitão Contar (PRTB) e pelo néofito Eduardo Riedel (PSDB), ficando de fora do segundo turno.

Experiente, o emedebista traçou a estratégia e sabe que precisa de dinheiro e estrutura para chegar ao segundo turno e ter condições de ganhar o pleito. O problema é que o MDB nacional só estaria disposto a lhe dar 20% do montante necessário.

Sem apoio do próprio partido, ele chegou a apostar no apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No entanto, o capitão teria vetado o apoio ao ex-governador e já teria fechado acordo para apoiar a reeleição de Adriane. Mesmo assim, André vai insistir no apoio em reunião com o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Também deverá conversar com a direção nacional do Solidariedade.

Sem o apoio nacional, André deverá abrir mão de disputar a prefeitura pela 3ª vez e frustrar seus fieis seguidores. Contudo, o apoio do emedebista vai ser disputado pelos candidatos a prefeito. Beto Pereira (PSDB) é o mais cotado para contar com o apoio de Puccinelli, inclusive, com a possibilidade de indicar o candidato a vice-prefeito.

A prefeita Adriane Lopes e Rose também esperam contar com o apoio de Puccinelli. No entanto, o emedebista tem bradado aos quatro cantos que não pretende apoiar a ex-deputada federal.

Caso não dispute, André pode ser importante para garantir Adriane, Beto ou Rose no segundo turno.

E ainda há boatos de que ele poderá disputar o cargo de vereador, disputando com Marquinhos Trad (PDT) e o ex-vereador André Salineiro (PL) para ver quem quebra o recorde de votação de Zeca do PT, que obteve 13 mil votos em 2012.

Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt

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