Réu por corrupção, Gerson Claro assume governo com férias de Riedel e Barbosinha

O presidente da Assembleia Legislativa, Gerson Claro (PP), assume nesta terça-feira (26) o comando do Governo de Mato Grosso do Sul. O primeiro réu a presidir a Alems agora terá a batuta do Parque dos Poderes com as férias do governador Eduardo Riedel (PSDB) e a ausência do vice José Carlos Barbosa, o Barbosinha (PP), do Estado até 1ª de janeiro de 2024.

Nesta manhã, em ato interno na Governadoria, haverá a transmissão do cargo de Riedel ao interino. Antes da solenidade, Claro divulgou um vídeo em suas redes sociais com a legenda: “Grandes responsabilidades exigem um cuidado redobrado com o bem-estar físico e mental”.

A troca no cargo mais alto da política sul-mato-grossense estava definida desde o início deste mês, quando os deputados estaduais aprovaram decreto que autoriza o governador Eduardo Riedel a tirar licença do exercício de suas funções, a título de recesso, de 26 de dezembro de 2023 a 14 de janeiro de 2024, período que pode se ausentar do Estado e também do País.

Gerson Claro divulga “preparação” para assumir o governo. (Foto: Reprodução)

Naturalmente, o cargo seria herdado pelo vice-governador Barbosinha, porém, o pepista também estará fora de Mato Grosso do Sul até 1º de janeiro. Ele assumirá a chefia do Executivo estadual no dia seguinte, 2 de janeiro, onde ficará até o fim das férias de Riedel.

O deputado estadual Gerson Claro Dino, 56 anos, foi o primeiro parlamentar na história a presidir o Legislativo estadual enquanto enquanto responde a acusações na Justiça. O pepista é réu pelos crimes de corrupção passiva, organização criminosa e pelo suposto desvio de R$ 7,4 milhões no Departamento Estadual de Trânsito.

O deputado foi preso e afastado do comando do Detran pelo Tribunal de Justiça em agosto de 2017. Na ocasião, o governador Reinaldo Azambuja (PSDB) foi obrigado a demiti-lo do cargo de diretor-presidente do Detran porque Gerson Claro foi proibido pela Justiça de frequentar o órgão e ter contato com os demais investigados e funcionários da autarquia.

O Ministério Público Estadual denunciou Claro por improbidade administrativa e por corrupção pelo suposto desvio de R$ 7,4 milhões no Detran. A Justiça chegou a bloquear os bens do deputado.

O TJMS acabou livrando Gerson Claro do crime de improbidade administrativa por considerar que não houve a comprovação dos desvios. No entanto, ele continua réu na 3ª Vara Criminal de Campo Grande. 

Fonte: O Jacaré

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