Nota de apoio da ACP à comunidade escolar da E.M. Desembargador Carlos Garcia de Queiroz – Basta de violência no ambiente escolar

O Sindicato Campo-grandense dos Profissionais da Educação Pública – ACP presta solidariedade e se coloca à disposição de toda a comunidade escolar da E.M. Desembargador Carlos Garcia de Queiroz que foi invadida e teve prédio e materiais vandalizados no último sábado (25/02).

A ACP defende que a escola pública é um patrimônio de toda a sociedade, seus trabalhadores e trabalhadoras merecem respeito e estudantes, familiares e educadores/as precisam de um ambiente digno e saudável para o desenvolvimento das atividades pedagógicas e de cidadania.

É lamentável que mais uma comunidade escolar sofra as consequências do desgaste do tecido social que assola nossa sociedade. O combate a violência no ambiente escolar faz parte da luta da ACP. O sindicato busca a valorização profissional e o respeito para todas e todos que convivem no contexto das escolas públicas.
A educação é o serviço público mais abrangente do Brasil. Atende cerca de 40 milhões de pessoas todos os dias, que estão matriculadas nas escolas municipais e estaduais do país. Esse número corresponde a 82,6% de todos os estudantes da educação básica brasileira.

Na luta por valorização, o sindicato destaca dados preocupantes sobre o contexto da educação pública brasileira. Pesquisa da Moderna, do Grupo Santillana, revela as principais dificuldades dentro das unidades de ensino. Apenas no ensino fundamental, 29,54% dos professores apontam a falta de infraestrutura e de recursos como o maior desafio na rede pública. Em segundo lugar, com 19,25% aparece a queixa de falta de suporte familiar, seguido por 18,29%, que indicaram as dificuldades no ensino remoto e adaptação dos materiais à realidade dos alunos.

Ansiedade, depressão e outros problemas relacionados à saúde mental são cada vez mais frequentes entre professores/as no Brasil. A constatação foi confirmada no estudo “Novas formas de trabalhar, novos modos de adoecer”, realizado com 714 trabalhadores da educação, divulgado no fim de 2021, pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE).

Estresse crônico, ansiedade, depressão e síndrome de Burnout são os danos psicológicos mais relatados no estudo da CNTE. Os danos sociais que se sobressaíram relacionam-se a sobrecarga, hiperatividade, solidão por ausência do coletivo e assédio moral.

É urgente que o poder público e a sociedade compreendam a importância de agir de maneira conjunta e coordenada na defesa da educação pública, garantido condições de trabalho e fortalecendo as relações sociais que permeiam toda a comunidade escolar.

Fonte: ACP-MS

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