Com direita dividida, PT vê chance de chegar ao 2º turno com Camila e Zeca após 28 anos

Zeca do PT e Camila Jara, ao lado do ministro Alexandre Padilha, das Relações Institucionais (Foto: Divulgação)

Com a direita dividida e os bolsonaristas indignados com os acordos nos bastidores, o PT vê chance de chegar ao 2º turno em  Campo Grande com a chapa formada por Camila Jara (PT), como candidata a prefeita, e o deputado estadual Zeca do PT, como candidato a vice-prefeito. Além de unir a juventude da deputada federal e a experiência do ex-governador, o partido aposta no fato de ser a única oposição raiz a atual prefeita, Adriane Lopes (PP).

A Federação Brasil Esperança, formada pelo PT, PV e PCdoB, será a primeira realizar a convenção para oficializar os candidatos à prefeitura e à Câmara Municipal de Campo Grande. O encontro acontece das 10h às 13h na sede da sigla no Bairro Santa Fé.

O presidente regional do PT, Vladimir Ferreira, avalia que a dupla Camila e Zeca conseguiu a proeza de unir o partido, famoso pelas divisões internas. A chance de chegar ao segundo turno aumento com a divisão da direita entre as candidaturas de Adriane Lopes, capitaneada pela senadora Tereza Cristina (PP), pelo deputado federal Beto Pereira (PSDB), com o aval do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), a ex-superintendente da Sudeco, Rose Modesto, o pecuarista Beto Figueiró (Novo) e o advogado Ubirajara Martins (DC).

Os bolsonaristas ainda não engoliram a negociação comandada por Reinaldo Azambuja, presidente regional do PSDB, e pelo governador Eduardo Riedel (PSDB), com Bolsonaro e o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto. Eles firmaram o pacto para rifar a candidatura própria do PL e fechar com o tucano. O PL deverá indicar o candidato a vice-prefeita na chapa de Beto.

Neste cenário, o presidente municipal do PT, Agamenon Rodrigues do Prado, também acredita na chance dos petistas chegaram ao segundo turno. A única e última vez que o PT disputou o segundo turno na Capital foi em 1996 com Zeca do PT, que perdeu a emblemática eleição para André Puccinelli (MDB) por apenas 411 votos.

Agamenon destacou que o PT é único partido que defende a construção do hospital municipal de  Campo Grande com 100% dos recursos do SUS (Sistema Único de Saúde). A prefeita lançou o projeto com investimento de R$ 280 milhões, mas com investimento 100% da iniciativa privada. O PSDB tem apostado nas organizações sociais no interior do Estado e planeja uma PPP para o Hospital Regional de Mato Grosso do Sul Rosa Pedrossian.

O dirigente frisa ainda que a segurança pública será prioridade. Uma das bandeiras será pagar melhores salários para os integrantes da Guarda Civil Metropolitana. De acordo com Prado, o salário médio no início de carreira tem oscilando em torno de R$ 1,8 mil para o guarda arriscar a vida para defender a sociedade.

Ele disse que o programa de Camila vai prever o uso da ciência para combater o crime organizado e vai contar com parceria do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski.

Outra meta será retomar o programa Minha Casa Minha Vida. Agamenon cita que o Governo Lula (PT) lançou o projeto há quase dois anos e não houve a apresentação de projeto para atrair investimentos na Capital por parte da atual prefeita.

O PT ainda apostará no programa para construir centros de educação infantil para zerar as vagas nas creches.

Camila foi vereadora da Capital e está no primeiro mandato de deputada federal. O candidato a vice-prefeito foi vereador da Capital, deputado estadual, governador por dois mandatos e deputado federal.

As convenções para prefeito da Capital

  • 20 de julho – 10h – Camila Jara (PT)
  • 23 de julho – 19h – Luso Queiroz (PSOL)
  • 25 de julho – 19h – Beto Pereira (PSDB)
  • 27 de julho – Ubirajara Martins (DC)
  • 30 de julho – Beto Figueiró (Novo)
  • 3 de agosto – Professor André Luís (PRD)
  • 3 de agosto – Rose Modesto (União Brasil)

Fonte: ojacare.com.br/By Edivaldo Bitencourt

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