Embate entre Lula e BC causou críticas da mídia internacional

A política monetária no Brasil foi o tema mais criticado na mídia estrangeira no 1º trimestre de 2023. Um dos motivos para esse cenário foi o embate do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. 

No exterior, o petista foi mais citado negativamente do que o presidente do BC. Em 25% das notícias negativas sobre a política monetária, Lula foi o porta-voz. Já Campos Neto foi o alvo em 17% das críticas feitas.

Os dados são de levantamento realizado pelo Radar +55, hub de inovação do Grupo BCW. Foram analisadas 295 notícias ao longo de todo o 1º trimestre deste ano dos principais veículos de mídia de 7 países: Alemanha, Argentina, China, Estados Unidos, França, Inglaterra e México. Eis a íntegra (878 KB) do estudo.

“Mantendo o discurso oposicionista do período eleitoral, o próprio governo exerceu voz ativa na exposição negativa do país ao tratar dos juros e questionar a autonomia do BC. As incertezas e falta de perspectivas oriundas dessa conduta também foram apontadas como um fator de desincentivo a investimentos externos”, diz um trecho do estudo.

O levantamento mostra que o embate do governo com o Banco Central causa “instabilidade no mercado financeiro” e fomenta “críticas à postura governamental, afastando a confiança de investidores diante de um cenário obscuro e conflituoso”.

Desde o início do mandato, o presidente, seus ministros, aliados e o seu partido, o PT, vem endurecendo e subindo o tom nas críticas a alta dos juros no país. Atualmente, a taxa Selic está em 13,75%

Fonte: Poder 360

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