Na mira da PF e após ser adiado por três vezes, concurso de procurador de contas é cancelado
Na mira da Polícia Federal e após ser adiado três vezes, o concurso público de procurador de contas foi anulado. Cerca de 300 inscritos poderão solicitar o ressarcimento da taxa de inscrição. A decisão foi publicada nesta sexta-feira (28) pelo presidente do Tribunal de Contas do Estado, conselheiro Jerson Domingos, e pelo procurador-chefe do Ministério Público de Contas, João Antônio de Oliveira Martins Júnior.
A medida é mais uma adotada pelo novo presidente da corte como parte da estratégia para rever os atos do conselheiro Iran Coelho das Neves, afastado do cargo por 180 dias e monitorado por tornozeleira eletrônica desde a deflagração da Operação Terceirização de Ouro.
Inicialmente, as provas seriam aplicadas no dia 21 de agosto do ano passado. Iran acabou adiando, sem explicar os motivos, para o dia 6 de novembro. Em outubro, ele decidiu adiar novamente para 19 de março deste ano.
Em decorrência da Operação Terceirização de Ouro, Jerson Domingos decidiu analisar com mais cuidado o certame. Ele planejava rever o contrato firmado com a Fapec (Fundação de Apoio à Pesquisa, ao Ensino e à Cultura), instituição ligada à UFMS.
O presidente da comissão do concurso era Ronaldo Chadid, que pediu afastamento da função pouco antes de ser um dos alvos da PF junto com Iran e o conselheiro Waldir Neves Barbosa. Havia suspeita de cartas marcadas no concurso, que previa a contratação de três procuradores com salário inicial de R$ 35,4 mil.
O Ministério Público Estadual chegou a receber denúncia de suspeita no concurso. O promotor de Justiça, Fábio Ianni Goldfinger, arquivou o procedimento.
Conforme o edital do TCE, o candidato deverá solicitar o ressarcimento da taxa de inscrição até 30 de maio. A Fapec terá 30 dias para fazer a devolução.
Fonte: O Jacaré